sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ciro critica Eduardo e lamenta saídas de Skaf e Chalita do PSB


O ex-deputado federal Ciro Gomes disse ontem (16), em Fortaleza, que o PSB foi “inábil” ao deixar sair do partido o deputado federal Gabriel Chalita e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Ambos foram para o PMDB. A declaração foi dada após Ciro comparecer a uma audiência na 11ª Vara Criminal, em um processo que move contra o ex-governador do Ceará Lúcio Alcântara por difamação.
O ex-deputado afirmou que o atual presidente do PSB, Eduardo Campos, que também é governador de Pernambuco, não está sabendo separar o papel de chefe do Executivo estadual e líder do partido. “Ele está fazendo um grande governo em Pernambuco, mas deixou escapar dois grandes quadros nossos, que inclusive eu abonei as fichas”.
O líder cearense lembrou que Chalita foi o deputado federal mais votado em São Paulo, que é o maior Estado do País. “É um quadro de grande valor. Tem livros publicados a mão cheia. É um líder religioso leigo. E o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, por si só, é uma liderança importante”, comentou.
Segundo Ciro, a perda desses quadros mostra uma inversão de tendência. “O PSB só crescia. Acho que erramos o passo no encaminhamento da equação federal na eleição passada. Nós agora começamos a experimentar um certo sacrifício de quadros nossos. Mas acho que vamos recompor”, analisou.
GOVERNOCiro criticou a interferência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no episódio da mudança de ministérios da presidente Dilma Rousseff, mas disse que a princípio o PSB tem a ideia de apoiar a reeleição dela em 2014. “Nós somos parceiros, mas não somos sublegenda. Integramos o governo Dilma, torcemos por ele, e se ela for candidata à reeleição terá a nossa simpatia preliminar”, afirmou.
Mas Ciro destacou que “time que não joga não faz torcida”. Para o ex-deputado, o PSB faz falta ao Brasil não como oposição a Dilma, mas como um parceiro mais crítico. “Um parceiro mais independente. Um parceiro que recolha contradições, coisa que hoje a oposição feita pelo PSDB e pelo DEM não tem moral para fazer”.
Segundo o político, a falta de uma oposição crítica causa diversos prejuízos para o País. E ele citou exemplos: “A degradação ética dos costumes políticos brasileiros, derivada dessa coalizão muito frouxa do PT com o PMDB. A degradação do nosso aparato industrial pelo erro estratégico na condução do câmbio, da política monetária brasileira. O Brasil exportava valor agregado. Era 29% de suas exportações há vinte anos. Hoje está exportando 11%”.
O ex-deputado federal disse ainda que “Dilma está perdendo o capital político que vinha adquirindo” e voltou a lamentar não ter sido candidato a presidente em 2010, por ter sido preterido pelo PSB. “Nunca passou e não passará jamais minha tristeza em relação a questão nacional de 2010″. (Do JC Online)
Foto: Reprodução Internet

Nenhum comentário:

Postar um comentário